quarta-feira, 11 de março de 2009
Um rio nunca é o mesmo, assim como a mulher que o rio banha ou o homem que a observa, ainda na margem. A cada segundo o rio é outro, e assim o homem e a mulher que fazem de suas experiências algo sempre novo como a luz, as sombras e a noite que segue como o rio. A minha água é a alegria que me justifica acompanhá-la, é a clareza do rio que me pede para bebê-la, tocá-la, até nos confundirmos com o próprio rio e sua alegria for um gemido da carne, um susurro da alma, a fogueira que na margem é como um corpo em outro corpo, rio dentro do rio, água na terra, sêmen ou sangue que como a vida são todas as cores. E no rio nos encontramos, enlaçados, onde os corpos não mais se percebem como individualidades, mas como comunhão.
wbl
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