terça-feira, 7 de abril de 2009
SAUDADES
Florbela Espanca
Saudades! Sim... talvez... e por que não?
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, não nos importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
________________________________________________________________
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
uau, que coisa mais singela e forte esse poema, ameeeeei.
não conhecia.
beijos, dear
MM.
É que saudade é coisa que faz um rebuliço danado dentro da gente...volta e meia ela resolve fazer festa em mim...
rs
beijos
Postar um comentário