quarta-feira, 1 de abril de 2009
INFORMAÇÃO PARA TURISTA
Jaci Bezerra
Uma acácia, nos compêndios da poesia,
não será nunca árvore, mas invento:
a invenção de Deus no oitavo dia,
utilizando pássaros, nuvens, ventos.
Milagre que se abre e é concebível
navegando no silêncio das esquinas
ou das praças, e que quanto mais visível
menos aquele que a vê a imagina.
A acácia é leve e ave, sobretudo
à época do verão, quando se inflama
e úmida de luz e sol, aninha tudo,
inclusive o Recife, em suas chamas.
Toda acácia florindo tem o dom
de voar no espaço onde se planta,
e ao florescer, aberta em luz e som,
uma acácia tanto voa como canta.
Qualquer acácia é um excesso de beleza
desconcertando o lógico e o comprovável:
por isso mesmo ao flutuar, acesa,
quem a vê tem vontade de ser árvore.
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Um comentário:
Obrigada meu lindo amigo. Saiba que sob esta sombra, poderás te recostar e "poetar", pois para ti reservo as mais inspiradoras cores, são suas todas as flores. Lindo poema! Beijos agradecidos... Acácia Rósea.
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