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SONETO NÚMERO 1
para Fabiana Maranhão, leitora dO AEDO
Qual a lei que liberta o teu amor,
fazendo teu amante seu escravo?
Se soubesses, ao menos, tanta dor,
no mais seria ameno o meu encargo.
Tudo sob os teus olhos perde o lírio
na luz aberta por teu cetro mágico -
és dona, como autora, do delírio
que nutre em mim seu óbolo mais trágico.
Apaga dos meus versos toda luz
vertida pelas horas não vividas.
Se justo é teu caminho nesta lida,
não abandona quem não pode a cruz:
o tempo muitas vezes soma o fogo
da morte cedo se perdido o jogo.
in O AEDO, 1989.
Um comentário:
Leitora do Aedo, de todos os seus outros livros, admiradora n°1 de sua sensibilidade e agora insuportavelmente metida com essa dedicatória. Beijos!
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