terça-feira, 14 de dezembro de 2010


BRINQUEDO
W.B. Leal

Deixaste teu brinco
no meu pensamento,
um elo de prata
no espaço e no tempo;

um arco que marca
as voltas do vento,
ou concha que ouve
meu fino lamento.

Deixaste teu brinco
no meu pensamento,
na fome do corpo
da orelha que invento.

Um comentário:

Acácia Azevedo Studio Pottery disse...

Esse poema é universal, de grande sensibilidade. Qual mulher nunca perdeu um brinco? E assim o tem guardado, só e pela lembrança acompanhado...