quinta-feira, 23 de julho de 2009


O que fazer, se diante de tudo a certeza tem o mesmo reflexo, o mesmo peso de uma outra possibilidade? O que fazer quando todas as distâncias são endereços perdidos, palácios suntuosos com salas vazias, moças à espera de sonhos falhados? Numa montanha do mundo um homem planeja uma viagem, imagina cidades, países, mas recorda que seu destino também é a sua liberdade, é a possibilidade do desejo que os outros sequer reconhecem... Na montanha, ele é a fome das avenidas, das praças em cuja solidão dorme um cão impressionado com as estrelas... Mas o que fazer diante da estrada, senão percorrê-la até onde a cidade é o seu coração, o seu pulso, o seu novelo povoado? Na praça, o cão é despertado pelas luzes dos carros. A lua é um olho turvo, mas sua luz, por trás deste céu, se derrama sobre estátuas e jardins. Na montanha o homem olha a estrada. A moça adormece em seu sonho iluminado...

wbl

Um comentário:

Madeira de Cetim disse...

Vamos escrever? Bjssssssssssssssssssssssssssss