domingo, 17 de fevereiro de 2008

POESIA

CAMINHO
Weydson Barros Leal


Ontem passei pela tua calçada
como quem passa pela vida.
O tempo seguia o seu antigo
cortejo, os seus números...

Todos os anos passamos pelo dia
de nossa morte, como passa,
desavisada e cega, toda gente
sobre toda calçada.

O futuro se dissolverá ante o mistério
como um calendário perdido
não deixará nunca de passar.

Alcancem o céu os transeuntes daquela rua comum,
por neste dia, como em segredo,
pisarem o tempo, ainda, ainda, ainda.

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