quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Dentro da noite,
como esta mão
dentro de outra mão,
o tempo canta o seu silêncio.
Não o silêncio da palavra, de garbo
e definição, mas um canto sobre o que, na distância,
se alimenta ao vencê-la,
estro e ruptura de uma multiplicação infinita,
sombra que sustenta o peso da luz.

Nesta mão de abstrato instrumento,
de ritmo claro como o pulso do céu,
ouço o equilíbrio que sobre a vida
constrói o seu impulso - peso e leveza
de todo princípio - barco que conduz
a algum centro
o sentido de tudo.

wbl in Os Ritmos do Fogo

Um comentário:

Carol Mioni disse...

W, se vc fizesse idéia do quanto eu vou longe quando leio seu blog vc escreveria umas 10 vezes por dia!