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A MAÇÃ
W.B. Leal
Ela disse Não sou daqui, e ele buscava as palavras para traduzir seu espelho, a semelhança do Vejo algo em comum entre a minha alegria e o teu silêncio Entre minhas cidades e os teus mundos, ele poderia dizer que a sala não existira quando por mais de uma vez a viu sentar tocando a pele de uma maçã, e a maçã se iluminava, enquanto ele apenas ensaiava Não conheço uma cor que não deseje a tua elegância, ela anotava livros, folheava enciclopédias à procura do que jamais traduziria a sua beleza, quando ele enfim revelou, com o silêncio que guardava entre suas palavras, o desejo de dizer Você iluminou o meu dia.
WBLog/foto: Ana Claudia Lubitz
Um comentário:
Quantos perfumes não desejam a delicada luz de seu lirismo...
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