domingo, 23 de janeiro de 2011


A MAÇÃ
W.B. Leal

Ela disse Não sou daqui, e ele buscava as palavras para traduzir seu espelho, a semelhança do Vejo algo em comum entre a minha alegria e o teu silêncio Entre minhas cidades e os teus mundos, ele poderia dizer que a sala não existira quando por mais de uma vez a viu sentar tocando a pele de uma maçã, e a maçã se iluminava, enquanto ele apenas ensaiava Não conheço uma cor que não deseje a tua elegância, ela anotava livros, folheava enciclopédias à procura do que jamais traduziria a sua beleza, quando ele enfim revelou, com o silêncio que guardava entre suas palavras, o desejo de dizer Você iluminou o meu dia.

WBLog/foto: Ana Claudia Lubitz

Um comentário:

Acácia Azevedo Studio Pottery disse...

Quantos perfumes não desejam a delicada luz de seu lirismo...