quinta-feira, 9 de junho de 2011


POEMINHA À TOA
W.B. Leal

Se o poema te pede
o trabalho da existência,
a vontade se impõe
sobre a mão da experiência.
A precisão da falta -
o arrasto do ponteiro
no correr das horas - e
o olhar que vê o mundo
do teu lado de dentro,
é tudo o que precisas
para o poema que te habita.
Outro jeito de existir
é o que o poema te pede:
ouve a música que se esconde
nas palavras do teu dia,
lá está o velho barco, lá
está a poesia.

WBLog

2 comentários:

Acácia Azevedo Studio Pottery disse...

O convés pode ser conhecido e as manobras mapeadas...Mas o horizonte se impõem, o canto das sereias seduzem os errantes poetas ao próximo porto-mistério que clama pela palavra/voz, justamente por não ser à-toa. Bjs!

Lê Granville disse...

A poesia...a descoberta da poesia, que vem de dentro e, a partir do momento que a encontramos, não há correntes nem limites para aprisioná-la! A arte das palavras...lindo poema!