A CATEDRAL
W.B. Leal
No canto do
quarto,
os monstros
acordam
suas bocas de
gárgula.
São pândegos
toscos:
as bocas sem
dentes
são o brilho
contínuo
das úmidas
gengivas.
Escuto os soluços,
os espasmos da
risada
e a ridícula
respiração.
Os silvos que
gargalham
são só suas
cabeças.
Não há corpo ou
pescoço.
As bocas são a
cara inteira.
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