quinta-feira, 3 de março de 2011
O ACENO
W.B. Leal
Quando o azul se cobria de sol, sua lembrança era o incêndio de todas as safiras, Da varanda alta, nas manhãs diante do mar que como uma árvore balançava cem mil garrafas, o seu aceno era uma carta para o náufrago faminto, e sua mão era tocada, de muito longe, como um beijo beija a boca que também é alimento, Um minuto depois, caladas as árvores nos estilhaços do mar, ele repetia o seu nome relendo-o nas paredes da casa e cada letra traduzia um desejo onde tudo era véspera, Assim, quando a tarde descosturava o calor para bordar a noite fresca, renascia o alento de seu mínimo gesto - o aceno da manhã - e outra vez era azul a sua lembrança.
WBLog
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2 comentários:
Weydson querido
Produção maravilhosa!A sensação que vc passou o seu período momesco no Tibet e muito bem acompanhado.Bjss e parabéns mais uma vez.
Carlinha, sua sensibilidade adivinha tudo! O Tibet é onde estamos quando estamos bem acompanhados, e isto também é um carnaval... :o) bjs W
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