terça-feira, 31 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
ACALANTO
W.B. Leal
para Dayse Luna, feliz.
Enquanto estiveres triste,
mas triste de não ter jeito,
evita as danças, as ruas,
as cantigas de festejos.
E quando assim estiveres,
tão triste de te dar dó,
escuta as músicas tristes:
mais não hás de entristecer.
Pois nas coisas muito tristes,
mais que na tua tristeza,
há alguém triste contigo,
como um anjo ou um amigo.
Wblog
sábado, 7 de maio de 2011
IN MEMORIAM
W.B. Leal
Porque eles não viam o tempo escorrer tampouco lembravam que os relógios poderiam arrastá-los como rios de dias e distâncias, e levá-los em sua roda, afastados, para o escuro de um outro oceano. Muito tempo depois eles se perguntaram: e se o amor não soubesse que ali, naqueles dias que vibravam como um cio, e se o amor não intuísse que assim como a terra o seu corpo também poderia secar, e nele o fogo, que um dia fora paixão, apagar sua lavoura colhendo apenas lembrança? Assim passaram os anos e como numa terra devastada a semente daquela consciência lentamente acordou, e renasceu um silêncio inundado de verde, um sorriso recortado de vontades quando a dança e a poesia foram cada gesto que na noite da distância também eram estrelas. Hoje é madrugada. O tempo reencontra janelas e a antiga fome é essa luz em que o mundo é sua casa.
WBLog
quarta-feira, 4 de maio de 2011
AS REMINISCÊNCIAS
W.B. Leal
Quando a distância sufocava a alegria
marcando com sombras aquelas manhãs,
renascia o amor;
Quando a tristeza rompia a corrente
roubando-lhe a calma da antiga paixão,
renascia o amor;
Quando o silêncio calava com dúvidas
os tambores vermelhos das festas do peito,
renascia o amor;
E assim os dias construíam calendários,
e era dança todo desejo ou lembrança de sua luz.
WBLog
terça-feira, 3 de maio de 2011
A SEGUNDA MOEDA
W.B. Leal
Não é só a tua alegria de menina que dança
o que eu amo em ti,
mas também a fogueira de silêncios e tristezas
sob a cortina do teu riso;
Não é só a certeza vigorosa de tua coragem
o que eu amo em ti,
mas também os teus medos de mulher
em longas noites de abandono e dúvida;
Não é só a força dos teus músculos e vontades
o que eu amo em ti,
mas também a fragilidade dos teus sonhos,
que com a lição de seus mínimos gestos
ilumina o teu nome em minha lembrança.
WBLog
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)